quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Balela da noite

Agora tenho tempo para mim. Nós somos um bichinho curioso e demasiadas vezes reflectimos sobre a mesma coisa de tantas maneiras diferentes, quase como se alguém nos colocasse nos vários pontos cardeais e nós, ali, fôssemos absolutamente voláteis, sempre com voos daqui para ali e dali para aqui. Os cenários, as circunstâncias, o preenchimento das horas, o relógio cheio de nadas, os gritos na rua, os sorrisos imitados, os olhares acabados, a contagem das garrafas de cerveja na mesa, a madrugada ou a manhã, o cair da noite sem que disso tivéssemos dado conta, ou a noite completamente engolida por nós, tudo, mas tudo, coloca-nos em inúmeras perspectivas. O estranho, pelo menos em mim, é oscilar por demasiadas realidades. Depende sempre do meu acordar. Hoje despertei para a reflexão sobre o que posso dar. Já há uns tempos que pensava nisso, mas hoje foi diferente. Quem passa por castings e, sobretudo, por avaliações em massa, tende a ficar sem o chão (para o bom e para o mau). Passamos demasiado tempo a tentar chegar a alguma coisa que nem sabemos bem o que é, porque tal coisa é ditada por tantos pontos cardeais. Ouve-se muito a palavra confiança e afins. É óbvio que é importante, mas até essa palavra tem tantas perspectivas. Agora que tenho mais tempo, sei que tenho uma única perspectiva sobre o que posso dar.

"All I can do is be me, whoever that is" Bob Dylan

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