sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


Esbarras com a banda que vais ver daqui a uns minutos, a uns largos metros da sala de espectáculo.
A banda quer saber onde é que pode ir beber um copo antes de começar a tocar.
Indicas o bar do Rui que, por acaso, tem por hábito e por gosto, pôr a tocar o CD da banda, nas longas noites de copos clandestinos.
Pedes um autógrafo que vai directamente para um espaço entre uma embalagem de caldo de galinha e um pacote de molas a menos de 3 euros.
Dizes à banda para não se esticar porque já não falta muito para o início do espectáculo.
O bar está fechado e tu dizes: oooopppsssseee!
Não vais sair com a banda porque alguém, muito pateta, diz que faz rádio de manhã e tem de estar fresca.
O erro desce à tua consciência e nem acreditas.
A banda muda-se para os Estados Unidos.
Mas volta a Paredes de Coura.
Ergues uma faixa, atiras o lençol para o palco e a banda ignora o esforço.
Esbarras com a banda na descida e tens uma atitude cool, atrevida e inteligente.
A banda agradece a fidelidade e tu continuas a descer.




Para vocês, suas quase famosas cheias de cenário e atitude, deixo aqui o clássico.



Agora respondam ao post porque tenho de dinamizar isto.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009



Quando for grande quero ser assim, quero ter roupa assim, quero ter o cabelo assim, quero ter um quarto numa piscina assim, quero ter uns colares assim, quero ter um marido daqueles.
Tributo a Carlos Paião
3 de Abril
Campo Pequeno

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Depois da noite de Óscares.
Foi a primeira vez em 8 anos que não dei a notícia dos vencedores. Vicissitudes da vida de jornalista à parte, gostei muito de ter mudado o quarto para a sala, de ter vestido o meu pijama azul (que por acaso tem costurado um cão demasiado feminino debaixo da mensagem “doces sonhos”), de estar a acompanhar os comentários no twitter e de estar, claro, a acompanhar a cerimónia. Não sou cinéfila, sou apenas uma pessoa que gosta de ver filmes e que os encara como arte ou entretenimento. Depende da película e, se calhar, depende até do meu estado de espírito. Agora, fico indignada quando leio coisas absolutamente absurdas proferidas pelos chamados críticos de cinema, “seres superiores” que abanam as telas com mãos de deuses, que vêem os filmes de manhã, que reflectem sobre eles durante muitas horas e que depois opinam. Ora bem, há críticos para tudo e muitos são merecedores do meu respeito, mas quando li certos comentários sobre o vencedor do Óscar para melhor filme ia vomitando com tanta patetice. Dizem eles: Danny Boyle só soube explorar a miséria alheia. Pornograficamente e sem alma consolidou na tela a pobreza das ruas de Mumbai. O homem até explorou as crianças que entram no filme. Fico baralhada e preciso de ajuda para entender.
Ontem, quando a malta do Slumdog subiu ao palco fiquei comovida e contente. Aplaudo o filme e a equipa que o fez por isto:



e por muito mais.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eu e a minha irmã andamos a ser perseguidas por medalhados olímpicos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009



Saudades das vozes, dos colos, das mãos, dos olhos, das ternuras, das frases certeiras, da experiência, das verdades, das casas, dos cheiros, das camisolas, dos risos, das passagens pelo tempo, da terra, dos bolos da Fundada, do baile nas tábuas a ruir, dos traçadinhos, do forno, do pão, do café frio, do esconderijo, dos lagos, da caderneta do Bonanza, dos relógios,da boina, dos vossos abraços e da vossa grandeza. Muitas saudades.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Esta pessoa é estranha.



Cada um gosta do que gosta, lembram-se disso, né?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O INE tem os números. Eu tive a experiência.
No tempo de espera: Pus moeda no parque, tive quebras de tensão sucessivas, dei duas voltas ao edifício, liguei a amigos, bebi uma Coca Cola, voltei a pegar no carro para o arrumar num sítio que não me custasse a primeira prestação, mandei e recebi mensagens engraçadas, dei pontuações a algumas pessoas, servi quase como uma pista de aterragem de um senhor que passava por ali, troquei ideias com os escritos de Woddy Allen, ouvi queixas formatadas, ouvi (demasiadas vezes) a voz da senhora da ponta que acha que ao gritar com as pessoas, estas vão entender o sistema, fintei uma equipa de reportagem, fechei os olhos, fiz tsse para dramatizar, ajudei a decifrar o placar posto ali em meados dos anos 80, assustei-me com sirenes, ouvi várias línguas, respirei fundo três vezes, dancei com os dedos na capa de um livro, amarrotei a senha cor-de-rosa, ouvi contagens, vi olhos perdidos, vi amizade entre o segurança e os recorrentes, alucinei com o almoço, sorri para os companheiros de estatística, deixei cair o livro e levantei-me, finalmente.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O filme domingueiro atrasou-nos, a canja muitooooooooooo quente foi quase sugada, a rotunda que desapareceu enervou-nos, mas chegámos lá. Chegámos com o primeiro herói da noite a dar-nos o seu lugar no estacionamento colado ao Pavilhão Atlântico. A primeira banda já estava a tocar. Ainda ouvimos um bocado mas depressa fomos buscar duas cervejas para arrefecer a língua. Com uma pontualidade mais do que britânica, às nove da noite os meninos de Manchester subiram ao palco. Conhecia pouco do alinhamento (sofria do mal opinar sem conhecer muito só porque sim). Só vibrei com alguns temas, mas saí do concerto a sorrir. A banda,conhecida como altiva, polémica, arrogante, foi cordial e correcta connosco. Cenário perfeito para o concerto que se seguiu. O público, esse, era feito de várias gerações, mas reparei que estavam lá muitos miúdos (comentário de um amigo: mas este pessoal não é todo emo?).



Final perfeito com Beatles. Gostei.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009



Estou a desenhar-me epicamente entre os cobertores enquanto oiço esta música.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009



Por falar em filmes, fica aqui uma outra sugestão. Waking Life. A ver num sítio qualquer perto de si.


Nas últimas duas noites, o meu passeio pelos canais de televisão foi completamente orquestrado, subtilmente e ao contrário, por algo que só pode ser esta minha vontade de acreditar nas sequências ilógicas como uma espécie de apresentação de uma cronologia certa a definir depois de demorada reflexão. Em duas partes, vi o todo. O resultado, sempre o mesmo: não consigo resistir à simplicidade das coisas.
No Verão de 2000, andei por Viena, de mochila às costas e de vestido bem ao jeito dos anos noventa, à procura dos lugares vazios. Encontrei alguns. Outros cheios. Lembro-me, particularmente, da Roda Gigante. Um beijo no meio de trinta e sete turistas entusiasmados com as alturas e de meia branca, crianças aos gritos em alemão e eu com pouco açúcar no sangue? Não… ficaria para depois. Ainda assim, encontrei as escadas do poeta/vagabundo da verdade. Desci e voltei a subir. Tirou-se a bela da foto de grupo, mas o poeta não estava. Loja de discos, nem por isso. Fonte, sim, lá estava a fonte bem no centro, mas por alguma razão não me deitei ao colo dele.


13, 14 e 15 de Fevereiro Auditório de Alfornelos (Amadora)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Já estou um bocado atordoada pelo sono, mas apeteceu-me vir aqui à minha esquina de todos os dias. Já vim, agora vou deitar-me.
É impressionante! Em qualquer sítio, qualquer que seja a cultura de origem, estado de espírito ou língua, quando começa a tocar esta música toda a gente começa a dar murros no ar (com aquele olhar) e a subir escadas ficcionadas. Pavlov. Só pode.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Apetecia-me ter aqui um piano.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Eu sei que exagero na dose, mas até aqui ainda não tinha colocado uma única música de dEUS nesta minha esquina. E se quando era mais nova cantava para os posters que tinha no meu quarto ou relatava-lhes o meu dia de aulas e as minhas angústias, agora ,com o requinte da maturidade, partilho convosco pérolas que encontro nessa grande ostra que é o Tutubas. Começando pelo cabelo do Tom. Parece que foi comigo num sábado à tarde ao Guru da Almirante Reis ou ao Fonte Nova onde nos fazem uma lavagem cerebral à medida que nos lavam o cabelo e quando, mais tarde, nos vemos ao espelho, bolas, temos nuances. À parte da estética “anosnoventecista”, sublinho que este concerto aconteceu um aninho antes de esbarrar com os meninos na Aula Magna. Ainda assim, foi um ano fértil e positivo para o cabelito do Tom.
Estou só a escrever estas patetices, porque dizem que um blog é para as palavras e não para os vídeos, por isso continuo a pôr aqui palavras, muitas palavras, para, em jeito de apresentação, vos dar a ver este bocado deste concerto desta banda belga. Mais? Hoje o céu está nublado, estão previstos aguaceiros lá para o meio da tarde e depois anoitece. Já ensinei a Inês Serra Lopes a assobiar num jogo do Benfica. Já tentei entrar no túnel do Marquês e entrei no parque de estacionamento das Amoreiras. Tenho saudades do bigode do Rocha. Vou beber chá frio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Numa tarde de aborrecimentos burocráticos e angústias, ainda bem que sintonizei a Radar.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

46

The best songs ever...segundo a Rolling Stone

1. Like a Rolling Stone, Bob Dylan
2. Satisfaction, The Rolling Stones
3. Imagine, John Lennon
4. What's Going On, Marvin Gaye
5. Respect, Aretha Franklin
6. Good Vibrations, The Beach Boys
7. Johnny B. Goode, Chuck Berry
8. Hey Jude, The Beatles
9. Smells Like Teen Spirit, Nirvana
10. What'd I Say, Ray Charles
11. My Generation, The Who
12. A Change Is Gonna Come, Sam Cooke
13. Yesterday, The Beatles
14. Blowin' in the Wind, Bob Dylan
15. London Calling, The Clash
16. I Want to Hold Your Hand, The Beatles
17. Purple Haze, Jimi Hendrix
18. Maybellene, Chuck Berry
19. Hound Dog, Elvis Presley
20. Let It Be, The Beatles
21. Born to Run, Bruce Springsteen
22. Be My Baby, The Ronettes
23. In My Life, The Beatles
24. People Get Ready, The Impressions
25. God Only Knows, The Beach Boys
26. A Day in the Life, The Beatles
27. Layla, Derek and the Dominos
28. (Sittin on) the Dock of the Bay, Otis Redding
29. Help!, The Beatles
30. I Walk the Line, Johnny Cash
31. Stairway To Heaven, Led Zeppelin
32. Sympathy for the Devil, The Rolling Stones
33. River Deep - Mountain High, Ike and Tina Turner
34. You've Lost That Lovin' Feelin', The Righteous Brothers
35. Light My Fire, The Doors
36. One, U2
37. No Woman, No Cry, Bob Marley and the Wailers
38. Gimme Shelter, The Rolling Stones
39. That'll Be the Day, Buddy Holly and the Crickets
40. Dancing in the Street, Martha and the Vandellas
41. The Weight, The Band
42. Waterloo Sunset, The Kinks
43. Tutti-Frutti, Little Richard
44. Georgia on My Mind, Ray Charles
45. Heartbreak Hotel, Elvis Presley
46. Heroes, David Bowie
47. Bridge Over Troubled Water, Simon and Garfunkel
48. All Along the Watchtower, Jimi Hendrix
49. Hotel California, The Eagles
50. The Tracks of My Tears, Smokey Robinson and the Miracles
51. The Message, Grandmaster Flash and the Furious Five
52. When Doves Cry, Prince
53. Anarchy in the U.K., The Sex Pistols
54. When a Man Loves a Woman, Percy Sledge
55. Louie Louie, The Kingsmen
56. Long Tall Sally, Little Richard
57. Whiter Shade of Pale, Procol Harum
58. Billie Jean, Michael Jackson
59. The Times They Are A-Changin', Bob Dylan
60. Let's Stay Together, Al Green
61. Whole Lotta Shakin' Goin On, Jerry Lee Lewis
62. Bo Diddley, Bo Diddley
63. For What It's Worth, Buffalo Springfield
64. She Loves You, The Beatles
65. Sunshine of Your Love, Cream
66. Redemption Song, Bob Marley and the Wailers
67. Jailhouse Rock, Elvis Presley
68. Tangled Up in Blue, Bob Dylan
69. Crying, Roy Orbison
70. Walk On By, Dionne Warwick
71. California Girls, The Beach Boys
72. Papa's Got a Brand New Bag, James Brown
73. Summertime Blues, Eddie Cochran
74. Superstition, Stevie Wonder
75. Whole Lotta Love, Led Zeppelin
76. Strawberry Fields Forever,The Beatles
77. Mystery Train, Elvis Presley
78. I Got You (I Feel Good), James Brown
79. Mr. Tambourine Man, The Byrds
80. I Heard It Through the Grapevine, Marvin Gaye
81. Blueberry Hill, Fats Domino
82. You Really Got Me, The Kinks
83. Norwegian Wood (This Bird Has Flown), The Beatles
84. Every Breath You Take, The Police
85. Crazy, Patsy Cline
86. Thunder Road, Bruce Springsteen
87. Ring of Fire, Johnny Cash
88. My Girl, The Temptations
89. California Dreamin', The Mamas and The Papas
90. In the Still of the Nite, The Five Satins
91. Suspicious Minds, Elvis Presley
92. Blitzkrieg Bop, Ramones
93. I Still Haven't Found What I'm Looking For, U2
94. Good Golly, Miss Molly, Little Richard
95. Blue Suede Shoes, Carl Perkins
96. Great Balls of Fire, Jerry Lee Lewis
97. Roll Over Beethoven, Chuck Berry
98. Love and Happiness, Al Green
99. Fortunate Son, Creedence Clearwater Revival
100. You Can't Always Get What You Want, The Rolling Stones

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Um post antigo que decidi recuperar.

Antes esboço de anjo, depois a transformação numa mulher com a malícia a espreitar no olhar. Gratos ficaram alguns traços ainda puros na ascensão dos sentidos...sentidos que sempre procuraram o centro da alma para confidenciar a verdade que já ninguém ouve.
Espaços entre o diz e o retira... espaços que espalham por aí a brisa vermelha, brisa prometida e nunca cumprida.
Temer a verdade... enquanto respiro um cigarro. Foi para ti que ela se descobriu. Fraca e forte enquanto abanava o mundo. Embriagada, mas saudável o suficiente para respirar a beleza de te acreditar.
A tela preferida, embora ela só saiba traçar riscos tortos e ondulados.
Não é estúpido amar...pois não? Ok... não vamos então definir..."o amor é isto e nada mais"... Como já sei que o niilismo para ti...é...o que é...então pega nela... e recebe o Amor como o Tudo. Ou não. Absorve a solidão.
Ainda estive à espera que aparecesse Noé. Mas não, apareceu o campeão olímpico Nelson Évora. Lá fora, o mundo estava a cair com as telhas e as árvores. Ora caía a telha, ora o mundo, ora as árvores. Na televisão, o Mantorras a marcar. Na parede, uma janela a projectar-se sem dó nem piedade para o chão. À porta do restaurante, uma recriação do anúncio Nicorette para os desgraçados que iam fumar depois do manjar dos deuses. Depois, os parabéns, o bolo com a águia Vitória, os brindes com Sangria e o Nelson Évora a cantar os parabéns ao meu pai.

Parabéns Pai.