segunda-feira, 30 de março de 2009




Ele hoje está de pijama aos quadrados e pantufa de lã.

sexta-feira, 27 de março de 2009



Este mês li um artigo dedicado ao chamado movimento grunge. É interessante ler textos sobre o que já foi parte do que fomos, ainda para mais com uma distância temporal, quase física, que vai rasgando devagar a nossa cara daquela fotografia. Vais lendo, consegues ver-te, reconheces traços, mas não encontras no armário as botas azuis. Sim, as botas que raspavas com uma concentração visceral na parede para parecerem dignas de alguém que engolia o mundo a cada segundo que passava.
Era tão bom estarmos longe dos outros, de quem não nos entendia, de quem perdia horas a valorizar a pele e a descurar a reflexão, de quem não mordia o lábio de dor, de quem não ouvia as nossas bandas. Uma tribo urbana como outra qualquer. Tínhamos sorte. Primeiro, as referências que vinham de Seattle eram esculturas genéticas, perdição atrás de perdição de qualquer adolescente. Eram os nossos pensadores e ficavam tão bem na parede do quarto. Os nossos namorados queriam ser como eles e nós gostávamos disso. Éramos varridas caoticamente e com elevação pelas letras! Dizíamos: É isto! Brutal! Que cena! Estes gajos são muito bons! A forma com que conseguem expressar o que sinto por isto...e o que é isto...? Vinham os concertos, gravávamos os especiais na MTV, trocávamos cassetes e fazíamos compilações das nossas músicas preferidas para os amigos. No final da música, às vezes, lá vinha o animador chato da rádio estragar o tema que tinha tudo para ser perfeito, nunca deixando de o ser. Depois morreu o Kurt, a nossa notícia de abertura naquele dia. Fomos andando e vendo outras coisas. Um dado curioso, sempre que vemos a nossa cara a ser rasgada da fotografia, batemos o pé com as botas azuis e não o permitimos. Quantas tribos urbanas fazem isto?


Estou a gostar.
Encontrei a minha alma gémea e esqueci-me. Agora, deve ter caído ao Tejo, não a vejo...

terça-feira, 24 de março de 2009



O que realmente me comoveu hoje: saber que vou poder voltar a ver este senhor.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Festival Woodstock regressa para celebrar 40 anos


"O festival Woodstock vai regressar no ano em que celebra 40 primaveras.
O co-fundador Michael Lang, está à procura de financiamento para um festival que pretende gratuito, ecológico e, se for possível, em Nova Iorque. «Queremos ter o mínimo de emissões de carbono, usando o máximo de técnicas ecológicas possíveis», disse à Billboard.

«Estarão presentes algumas bandas que actuaram em 1969: The Who, Santana, Crosby, Stills & Nash, talvez Joe Cocker. E também Steve Earle e Ben Harper», declarou à revista. «Também há lugar para os Red Hot Chili Peppers e Dave Matthews», acrescentou.

O primeiro Woodstock teve lugar em 1969, em Nova Iorque, com actuações de Jimi Hendrix e The Who. Seguiram-se edições de dez em dez anos, até 1999.

Nesse mesmo ano,registaram-se vários episódios de violência durante as actuações de Limp Bizkit e Red Hot Chili Peppers. A polícia foi chamada a intervir e soube-se mais tarde que quatro pessoas foram violadas.

Lang acredita que, apesar de tudo, a imagem do festival não ficou manchada por estes incidentes. «As pessoas quando pensam em Woodstock, não pensam nas edições de 1994 ou 1999. Pensam em 1969», disse, durante o Festival South by Southwest.

Michael Lang está a pensar em criar um festival parecido com Woodstock no aeroporto Tempelhof, em Berlim."

sexta-feira, 20 de março de 2009

Será que o nosso primeiro disco dá o mote para o resto dos dias que cá passamos?
Qual foi o primeiro disco que te marcou de uma forma tão profunda que, passe o tempo que passar, ainda consegues cantar na perfeição a letra ou, pelo menos, apanhar balanço e atingir a plenitude da memória no refrão? Hoje lembrei-me de resgatar o meu primeiro disco preferido. Ouvia-o todos os dias e não se riscou. Deixo-vos com a letra. Chama-se Canção da Rádio e, sim, deu o mote.


(esta não é a capa do meu disco, nunca faria isto à pobre Tânia)

Canção da Rádio
Tozé e Tânia

TANIA: Olá, tu que estás aí, dentro desse rádio, vá lá, sai e vem aqui, para eu te ver
TÓZÉ: Olá, tu que estás aí a ouvir a rádio, sabes, eu não estou aqui, só está a minha voz
TANIA: Olá, para caberes aí, és tão pequenino, diz lá, posso entrar aí e ficar contigo
TÓZÉ: Olha, não podes entrar, dentro do teu rádio, sabes, eu não estou aqui, tu tens de acreditar
TANIA: Tive uma boa ideia, não te vais esconder, vou desmanchar o rádio para eu te conhecer
TÓZÉ: Vê lá, tu não faças isso, é muito perigoso, olha, vou tocar um disco para te distrair
TANIA: Olha, já não sou tua amiga, tu não me queres ver, olha, agora fico triste por não te conhecer
TÓZÉ: Tive uma boa ideia e tu vais concordar, vou mandar-te a minha foto e pela tua voz esperar
TANIA: Está bem, agora vou para a escola, o papá esta a chamar, adeus, tenho de ir embora vou-te desligar
TÓZÉ: Espera, só um pouco mais, gosto muito de ti, olha, amanhã voltarei e queria ter-te aí
lálálá

quarta-feira, 18 de março de 2009


E já lá vão 18 anos.
Do que me lembro:

Do Garden na tua casa, entre os posters gigantes da Madonna e os aparentemente eternos tumultos da adolescência.
Do Oceans, em versão acústica, no bar do liceu.
Do Jeremy no meu quarto e no teu, lugares onde, entre outras coisas edificantes, se imitava o típico abanar da cabeça do Eddie Vedder.
Do Porch no autocarro, com um leitor de CD´s gigante na mala, a caminho da Faculdade.
Do Why Go na nossa filmagem espectacular (para uma aula qualquer que agora não lembro) e no Pavilhão Atlântico entre amigos.
Do Deep nas profundezas das nossas conversas sobre as coisas e nas longas viagens que acabavam quase em estradas cortadas.
Do Release talvez nas aulas de Latim, entre um drama e uma declinação.
Do Alive em Londres convosco.
Do Even Flow naquele bar de longas e estranhas noites.
Do Once no Rookie.
Do Black… sempre.

Que venham os 20...!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Vestidos florais. É o que me apetece. Esvoaçar só porque sim. Andar com os ouvidos tapados com boa música e fingir que estou a rodar um videoclip em cima da calçada. Beber bicas no Chiado e abraçar todas as esplanadas com vista para a água. Olhar para as pessoas e dar-lhes vidas aleatoriamente e sem qualquer lógica ou sentido. Seguir só as notícias dos nomes que engrossam os cartazes dos Festivais. Pôr o pó da saúde e cantar no carro de janela aberta.

quarta-feira, 11 de março de 2009



Esta senhora só podia ser de um sítio chamado Venda Nova.

terça-feira, 10 de março de 2009

Outra esquina...


A 20 de Março realiza-se, no Santiago Alquimista, o evento Flower Power: Jim Morrison – The Lizard King.

Mais uma vez, na madrugada de entrada na Primavera, o Projecto Marginal recorda os loucos anos 60 homenageando um dos seus maiores ícones, o Rei Lagarto, Jim Morrison. O vocalista dos Doors, descente de indíos ia regularmente para o deserto consumir peoyte e ácidos pois acreditava que lhe permitiam chegar a uma nova forma superior de consciência e contactar com os seus espíritos-animais, um deles o Rei Lagarto.
Flower Power era o slogan utilizado pelos hippies, no final dos anos 60 e início dos 70, como símbolo de uma ideologia de não-violência e protesto contra a guerra do Vietname. Vestiam roupas coloridas e colocavam flores no cabelo, faziam manifestações de protesto e cantavam à volta de fogueiras, em comunidades criadas ao ar livre. Criaram assim uma cultura hippy, celebrizada em filmes, programas de TV e documentários sempre que se fala dos sixties.
Esta festa vai invocar esse espírito de liberdade, paz e irreverência que contribuiu para a formação de artistas como o homenageado Morrison e os seus Doors, Credence Clearwater Revival, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Rolling Stones, Bob Dylan, Sly & The Family Stone, The Who, Led Zeppelin e muitos outros.
O concerto que iniciará a noite será dos Happiness são uma banda que anda entre Lisboa e Londres com influências que passam pelos Doors, Velvet Undergound ou The Stooges. De seguida o dj John Holmes fará uma viagem ao rock psicadélico, folk e funk dos 60´s e 70´s. O vídeo estará a cargo de Marta Machado.

A entrada custará 5 euros, as portas abrirão às 23 horas e encerrarão às 4. Este estabelecimento disporá de bengaleiro e zona de fumadores.

“I am the Lizard King, I can do anything”
Jim Morrison


Mais informações em:
www.projectomarginal.com
www.myspace.com/finalhappiness
www.myspace.com/johnholmesdj
www.myspace.com/marta_am



Vamos lá dançar em homenagem ao Rei Sol...!!!

segunda-feira, 9 de março de 2009



Estreia Póvoa de Lanhoso - 18 de Março
Mais um amigo a cumprir um sonho.

O Grito

Tenho saudades dos Festivais de Verão.

Hoje acordei e, finalmente, li uma boa notícia. Daquelas notícias tipo pop up. Seja por mensagem de telemóvel ou pela internet, sabemos logo.
Ainda assim, o medo atravessa-me. O novo álbum do menino deve estar qualquer coisa de estranho. Acho que vou reunir esforços para boicotar o alinhamento do concerto. Alguém se junta aqui à menina?
Boicotes à parte,vai ser muito bom recordar os bons tempos de Christopher John Boyle numa noite de Verão. Temple of The Dog, Soundgarden, Audioslave e o seu Euphoria Morning…ui...ca bom!
Quanto ao Scream...e em jeito de trocadilho: só consigo ver-me nas grades, imobilizada e com uma tal expressão celebrizada pelo quadro mais comercial do Munch. Nessa altura, vou fechar os olhos e esperar que passe.

Anda lá Chris. Afinal, todos nós temos os nossos maus momentos.

terça-feira, 3 de março de 2009

Ironia... Mais uma vez, provei disso há uns dias. Vida em pleno movimento...!

Há muito, mas muito tempo, eu e as minhas amigas decidimos ser cada uma das Alanis deste vídeo. Hoje ouvi na rádio e lembrei-me dessa patetice tão doce. Agora, adivinhem quem eu era. O palpite certeiro tem direito a recompensa!

segunda-feira, 2 de março de 2009



Só quero é que passem por aqui. Uma cerveja na mão, a voz solta e as mãos a fingir que têm uma bateria à frente.