segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Depois da noite de Óscares.
Foi a primeira vez em 8 anos que não dei a notícia dos vencedores. Vicissitudes da vida de jornalista à parte, gostei muito de ter mudado o quarto para a sala, de ter vestido o meu pijama azul (que por acaso tem costurado um cão demasiado feminino debaixo da mensagem “doces sonhos”), de estar a acompanhar os comentários no twitter e de estar, claro, a acompanhar a cerimónia. Não sou cinéfila, sou apenas uma pessoa que gosta de ver filmes e que os encara como arte ou entretenimento. Depende da película e, se calhar, depende até do meu estado de espírito. Agora, fico indignada quando leio coisas absolutamente absurdas proferidas pelos chamados críticos de cinema, “seres superiores” que abanam as telas com mãos de deuses, que vêem os filmes de manhã, que reflectem sobre eles durante muitas horas e que depois opinam. Ora bem, há críticos para tudo e muitos são merecedores do meu respeito, mas quando li certos comentários sobre o vencedor do Óscar para melhor filme ia vomitando com tanta patetice. Dizem eles: Danny Boyle só soube explorar a miséria alheia. Pornograficamente e sem alma consolidou na tela a pobreza das ruas de Mumbai. O homem até explorou as crianças que entram no filme. Fico baralhada e preciso de ajuda para entender.
Ontem, quando a malta do Slumdog subiu ao palco fiquei comovida e contente. Aplaudo o filme e a equipa que o fez por isto:



e por muito mais.

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