terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O INE tem os números. Eu tive a experiência.
No tempo de espera: Pus moeda no parque, tive quebras de tensão sucessivas, dei duas voltas ao edifício, liguei a amigos, bebi uma Coca Cola, voltei a pegar no carro para o arrumar num sítio que não me custasse a primeira prestação, mandei e recebi mensagens engraçadas, dei pontuações a algumas pessoas, servi quase como uma pista de aterragem de um senhor que passava por ali, troquei ideias com os escritos de Woddy Allen, ouvi queixas formatadas, ouvi (demasiadas vezes) a voz da senhora da ponta que acha que ao gritar com as pessoas, estas vão entender o sistema, fintei uma equipa de reportagem, fechei os olhos, fiz tsse para dramatizar, ajudei a decifrar o placar posto ali em meados dos anos 80, assustei-me com sirenes, ouvi várias línguas, respirei fundo três vezes, dancei com os dedos na capa de um livro, amarrotei a senha cor-de-rosa, ouvi contagens, vi olhos perdidos, vi amizade entre o segurança e os recorrentes, alucinei com o almoço, sorri para os companheiros de estatística, deixei cair o livro e levantei-me, finalmente.

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